novembro 28, 2023

1º dia do Fórum de Advocacy e Impacto abordou indicadores e metas sociais

O Fórum de Advocacy e Impacto é um evento realizado pelo Impact Hub Brasília e a Impacta Advocacy que teve a primeira edição em 2021. A segunda edição, que aconteceu entre os dias 7 e 9 de novembro de 2023, teve transmissão ao vivo pelo YouTube, no canal da Impacta Advocacy. Neste ano, o Fórum contou com o patrocínio do Instituto Alana, Itaú e Unilever; apoio da FAAP; e parceria da ABERJE, Confluentes, Advocacy Hub, GIFE e Grupo Mulheres do Brasil.

Fórum de Advocacy e Impacto

Esse evento possui o objetivo de fomentar o advocacy em torno de pautas estratégicas; analisar as causas que devem ser atacadas, endereçadas e efetivamente implementadas; e estimular o espírito crítico nas ações de advocacy, buscando impacto social com escala.

O primeiro dia do Fórum de Advocacy e Impacto contou com a presença de grandes nomes para debater sobre problemas que afetam a sociedade brasileira e soluções para causar impacto. 

O primeiro debate discutiu temas como o papel político das empresas como atores sociais e a complexidade de navegar nos temas públicos. Já o segundo debate tratou sobre metas e deu início à discussão de implementação de políticas públicas. 

Abertura

Daniela Castro, fundadora do Impacta Advocacy, e Deise Nicoletto, CEO e fundadora do Impact Hub Brasília, deram início ao evento apresentando o objetivo do Fórum: saber como a sociedade civil pode influenciar o poder público. Além disso, deram um panorama sobre os assuntos da programção. 

Daniela comentou que “o poder está mudando. Antes, o tínhamos concentrado em grandes empresas e no exército. Hoje, ele está mais diluído, com cidadãos fazendo a diferença.”

Deise complementou falando sobre a relação do advocacy com o impacto. “Esse ponto da gente se mobilizar e fazer ações concretas que resultem em impacto vem na mesma linha do que o Impact Hub faz a nível nacional”, apontou.

O evento quis mostrar que a sociedade civil também tem o potencial de realizar mudanças efetivas e que todos são responsáveis por essa transformação.

Primeiro debate | Os desafios de organizações não governamentais, fundações e empresas na influência para impacto real em indicadores e nas mudanças das regras do jogo democrático

No primeiro debate, foram mostrados alguns desafios das organizações na influência para o impacto real e o papel político das mesmas.

Os participantes desta mesa foram: Adriana Segantin (CEO do Grupo Mulheres do Brasil, Conselheira do Conselho de Desenvolvimento Econômico Social e Sustentável, Advogada Tributarista e Membro do Conselho Consultivo do Instituto Think Twice Brasil), Inês Mindlin (Idealizadora do Confluentes, Diretora do Instituto Betty e Jacob Lafer e Presidente do Conselho no GIFE), Suelma Rosa (Diretora Sênior de Reputação e Assuntos Corporativos América Latina da Unilever Brasil e Conselheira de Administração do Pacto Global da ONU no Brasil) e Hamilton Santos (Diretor Executivo da ABERJE), com mediação de Daniela Castro.

Um dos principais assuntos debatidos pelos convidados foi o papel da sociedade civil e das empresas para realizar mudanças na sociedade. Inês Mindlin destacou que a sociedade sentiu a necessidade de se reafirmar como incentivadora de diálogos com o governo. “A sociedade civil pode ser um ator central nos destinos e no desenvolvimento do Brasil”, acrescentou.

Sobre a função das empresas, Suelma disse que “elas não são um corpo alheio à estrutura social. O papel das organizações é trabalhar para a sociedade”.

Inês também pontuou alguns desafios do advocacy como:

– a dificuldade de falar de forma clara sobre temas complexos para que todas as pessoas possam entender e fazer parte da discussão; 

– o desafio de levar pessoas para a roda e que realmente se envolvam na mudança; e 

– a dificuldade de medir o impacto provocado por ações de advocacy.

Segundo debate | Metas sociais e desenvolvimento: os desafios para o alcance de impacto social, econômico e ambiental

No segundo debate sobre metas sociais e desenvolvimento, as convidadas abordaram assuntos como a Agenda 2030 e o desafio da máquina pública de atingir esses objetivos.

A mesa foi composta por: Mariana Almeida (Diretora Executiva da Fundação Tide Setubal), Betina Barbosa (Coordenadora da Unidade de Desenvolvimento Humano do PNUD), com mediação de Daniela Castro.

Betina iniciou a conversa listando alguns pilares para que a Agenda 2030 se consolide, como a desigualdade e a agenda de sustentabilidade

Já Mariana, apontou o advocacy colaborativo como uma solução para que o governo consiga atingir suas metas. “A sociedade civil também pode auxiliar a máquina pública, se colocando no lugar dela”, disse.

Mariana também destacou o tempo como um desafio nesse contexto. O período em que um determinado governo atuará, talvez não seja suficiente para implementar uma estratégia para atingir determinada meta.

Betina deu continuidade ao debate falando sobre alguns pontos que o governo tem dificuldade de entregar, com os indicadores e a pactuação dos propósitos. “A pactuação em torno dos recursos naturais do planeta precisa ser global e precisa ter também mecanismos globais de financiamento do desenvolvimento”, contou Betina.

Mariana também citou o papel da sociedade para atingir objetivos. “A sociedade civil precisa entender as dificuldades de implementação, cooperar mais, para construir, juntos, o processo de mudança”. Completou dizendo que “as soluções são coletivas, devem ser construídas pela sociedade civil e pela máquina pública”.

Encerramento

O primeiro dia do Fórum encerrou com debates de alto nível sobre os temas abordados e trouxe esperança para que mudanças aconteçam, de fato, na sociedade.

Acompanhe nosso blog para conferir os resumos dos outros dias do Fórum de Advocacy e Impacto 2023.

Confira a gravação completa do 1º dia do Fórum de Advocacy e Impacto, pelo Youtube:

Baixe o ebook da primeira edição do evento:

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