dezembro 17, 2020

Seminário Internacional de Impacto: 2º dia do evento destaca a retomada da economia nos negócios de impacto

Saiba como foram os painéis do segundo dia do Seminário Internacional de Impacto

O Impact Hub Brasília e a Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto (ENIMPACTO) realizaram o Seminário Internacional de Impacto. A programação contou com diversos convidados, gestores públicos e privados, em um evento público e on-line. O segundo dia focou na retomada da economia no segmento dos negócios de impacto e em mecanismos para a aceleração do crescimento.


Abertura do Seminário Internacional de Impacto

A abertura do segundo dia de evento ficou por conta do convidado Cristiano Prado, líder de projetos econômicos e sociais do PNUD. Na ocasião, Cristiano destacou a participação ativa do PNUD junto aos negócios de impacto, como a Iniciativa Incluir, que ajudou a ampliar o conhecimento e a divulgação do tema por meio de diversos conteúdos, eventos e apoio ao segmento econômico.

Cristiano destacou ainda que o PNUD acredita nos negócios de impacto como instrumento essencial para a recuperação socioeconômica do país no curto, médio e longo prazo. “As parcerias irão fazer a diferença na evolução dos negócios de impacto daqui para frente”, afirmou.



Painel 1 do Seminário de Impacto – Qual a retomada para um novo capitalismo?

No painel 1, contamos com as apresentações dos convidados Marcel Fukayama, do Sistema B e Carolina Elia Genin e a diretora do programa de Clima do WRI. Marcel Fukayama lembrou que o Brasil é um dos países que mais sofre durante a pandemia, trazendo os desafios impostos por nossas diferenças sociais e de classe, além do papel do governo nessa reconstrução. “Precisamos pensar muito fora da caixa para uma retomada econômica que seja inclusiva e regenerativa”.

Carolina mostrou que o sistema precisa mudar e que esse é o melhor caminho. Ela apresentou o estudo da WRI lançado em agosto, “Uma Nova Economia para Uma Nova Era”, que trata sobre os custos de uma transição da economia brasileira para uma economia de baixo carbono, com adaptação às novas tendências e tecnologias.

“Temos números positivos sobre a transição, isso quer dizer que hoje, de acordo com o que os cenários mostraram, ela seria mais vantajosa para a economia brasileira em 10, 20 anos do que continuar tudo como está”, destacou Carolina.



Painel 2 – Mecanismos financeiros para retomada econômica

O segundo painel se voltou para os mecanismos financeiros para a retomada econômica. A abertura foi feita por Bruno Laskowsky, diretor de áreas de mercado de capitais e BNDES Digital. Ele contextualizou e destacou a atuação do BNDES no fomento do desenvolvimento social e também sustentável.

Ana Carolina Salarini, do CVM Laboratório de Inovação Financeira, destacou o desafio com a crise financeira proveniente da pandemia da covid-19 e a educação do investidor para os negócios de impacto feita pela CVM,  além das estratégias de acesso ao capital.

Já o participante Marco Gorini dialogou sobre novidades dentro da estruturação de produtos financeiros voltados para o mercado de impacto. Marco destacou que há recursos disponíveis e apresentou o case do programa Vivenda. “O ponto é a convergência dos atores que entraram nessa estrutura e a intencionalidade”, apontou Marco sobre os agentes investidores do programa.

Mauro Oddo, técnico de planejamento e pesquisa do Ipea, dialogou sobre as pequenas empresas e as possibilidades de crédito existentes para retomada de negócios desse porte.



Painel 3 – Meio ambiente, sustentabilidade e inovação

O terceiro e último painel do dia contou com a participação de Guilherme Karan. Ele é coordenador de negócios e biodiversidade da Fundação Grupo Boticário e Ana Carolina Szklo, gerente de sustentabilidade do Instituto Humanize.

Guilherme trouxe os benefícios financeiros que a conservação da biodiversidade apresenta para a economia e o bem-estar social. Ele destacou os serviços que a natureza provê gratuitamente, ao exemplo da água como forma de matéria-prima para o desenvolvimento da indústria e da agricultura. “Apesar dos benefícios que a natureza traz, os investimentos em conservação ainda são muito pequenos”, ressaltou.

Ana Carolina reforçou a ideia de Guilherme e destacou a necessidade de atribuir e reconhecer o valor da natureza com a necessidade de não perder oportunidades e assim acelerar mais negócios, com o direcionamento de fluxo de investimentos. “Precisamos criar condições para que outras ideias surjam e consigamos transformar o nicho da cadeia, a boca do funil”.



Encerramento do dia – Duda Scartezini

O fechamento do evento ficou por conta das reflexões trazidas por Duda Scartezini do Impact Hub de Brasília. “A minha reflexão de hoje traz um misto de entusiasmo com ansiedade”, iniciou a fala. Ele destacou alguns pontos dos painéis, como a necessidade de mudanças explícitas por meio de estudos, expostas por Carolina Genin.

Além disso, também foi mencionada a estrutura de financiamento disponível, apresentada pelos painelistas Bruno Laskowsky, do BNDES e Mauro Oddo, do IPEA, que focou em soluções para pequenos negócios. 

Duda apontou que o Estado detém a capacidade de escalar esse ecossistema de impacto. Ele destacou que ainda há mais ações para serem realizadas. Também falou do senso de urgência da unicidade das iniciativas para geração de demanda junto à sociedade.


Assista na íntegra aos painéis do segundo dia do Seminário Internacional de Impacto:
https://youtu.be/p4VB5AO-9k8

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