A inovação aberta no governo significa cooperação entre os setores públicos e agentes externos, gerando soluções públicas eficientes, acessíveis e sustentáveis.
A inovação aberta promove uma cultura de colaboração constante, permitindo que ideias externas, como startups e universidades, contribuam com soluções para problemas públicos complexos e urgentes.
Ao adotar a inovação aberta no governo, os gestores conseguem ampliar sua capacidade de resposta, evitando desenvolver tudo internamente, o que economiza tempo, recursos e esforços.
Contudo, para que funcione bem, é necessário criar estruturas que permitam o diálogo aberto, transparente e contínuo entre governo, sociedade civil e setor privado.
Entenda como fazer inovação aberta no governo com eficiência
Uma das primeiras etapas consiste em identificar os desafios que exigem novas soluções no governo, envolvendo diferentes áreas administrativas e ouvindo também os cidadãos.
Em seguida, é necessário mapear desenvolvedores estratégicos, como universidades, empresas e ONGs, que possam contribuir com ideias, tecnologias, experiências e metodologias inovadoras.
Além do mapeamento, é importante definir regras claras de participação, considerando critérios como impacto social, viabilidade técnica, custo estimado e tempo de implementação.
Por consequência, com essas regras, o governo evita sobrecarga burocrática, ao mesmo tempo em que garante equidade e transparência em todo o processo.
Depois disso, é possível estruturar chamadas públicas, hackathons, editais de inovação ou desafios abertos, atraindo talentos externos interessados em cocriar soluções para o setor público.
Com o tempo, esse processo tende a se institucionalizar, criando uma cultura de inovação dentro da administração pública, o que estimula ainda mais a agilidade em solucionar desafios através da inovação aberta no governo.
Por que a inovação aberta no governo é necessária?
Vivemos em um cenário complexo, no qual os desafios públicos exigem respostas rápidas, adaptáveis e escaláveis, algo que a inovação aberta pode oferecer.
Ao mesmo tempo, tecnologias emergentes estão evoluindo rapidamente, dificultando que estruturas governamentais tradicionais acompanhem sozinhas esse ritmo constante de transformação digital.
Logo, adotar a inovação aberta no governo é uma forma inteligente de conectar capacidades externas à máquina pública, acelerando respostas para problemas como saúde, mobilidade e educação.
Ainda que existam barreiras institucionais, como resistência à mudança e pouco conhecimento sobre a legislação, como a Lei de Marco legal das Startups (Lcp 182/2021) , por exemplo, é possível superá-las com lideranças comprometidas e comunicação interna clara e constante.
Uma solução possível é envolver os servidores desde o início, aumentando o engajamento do projeto, pois eles se tornam agentes de transformação, e não só executores de decisões externas.
Nesse sentido, investir em formação, oficinas e capacitação fortalece o ecossistema interno, tornando-o mais receptivo e preparado.
Sobretudo, é essencial definir indicadores específicos para medir o progresso da inovação aberta no governo, fornecendo dados concretos que orientem ajustes e decisões futuras.
Os resultados positivos dessas práticas atraem mais parceiros externos, criando um ciclo de confiança, investimento e melhoria dos serviços públicos.
Portanto, quando bem implementada, a inovação aberta transforma a forma como políticas públicas são construídas, mais participativas, ágeis e eficazes.
Exemplos de inovação aberta no governo brasileiro
Felizmente, o Brasil já conta com experiências bem-sucedidas de inovação aberta no governo, que podem inspirar novas iniciativas em todos os níveis da administração pública.
A Escola Nacional de Administração Pública (Enap), por exemplo, tem liderado estratégias inovadoras por meio de programas de formação, fomento e articulação com diversos parceiros.
Juntamente com o Impact Hub Brasil, a Enap promove espaços de criação, fortalecendo soluções para desafios públicos em diferentes áreas.
Além disso, a Plataforma Desafios é uma iniciativa concreta que conecta problemas reais do setor público com soluções propostas por startups, universidades, pesquisadores e cidadãos.
A plataforma funciona como um ambiente em que agentes do governo e da sociedade civil publicam desafios, convidando as pessoas à colaborarem com soluções.
Com isso, a inovação aberta no governo passa a ser uma política de Estado, e não apenas com ações pontuais, mas consolidando uma nova cultura de gestão pública mais inclusiva.
Saiba mais sobre a parceria do Impact Hub com a Enap
