Em um mundo onde tantas conversas se perdem na velocidade dos algoritmos, criar espaços de escuta e troca real é mais do que necessário, é urgente. Foi com esse espírito que nasceu o Simbioses, uma iniciativa da NOUS Ecossistema em parceria com o Impact Hub Brasília, promovemos encontros presenciais com pessoas que estão ampliando as fronteiras da imaginação, da regeneração e da criação coletiva.
A NOUS é um ecossistema de iniciativas criativas que une comunicação consciente, inovação e design regenerativo para potencializar pessoas, marcas e causas. Inspirada pela natureza e pela singularidade humana, eles promovem ações com propósito e impacto positivo no mundo.
Nesta entrevista, conversamos com o Daniel Mira, CEO da NOUS, para entender o que move o Simbioses, como ele se conecta com a missão da organização e por que ele tem despertado cada vez mais atenção no ecossistema de impacto.
O que é o Simbioses e como ele se conecta com a missão da NOUS?
“O Simbioses nasce da necessidade de criar trocas mais significativas, para além das bolhas onde costumamos circular. Embora ele dialogue com pares próximos, os encontros reúnem pessoas que estão em lugares e contextos muito distintos. A missão da NOUS é manter a criatividade inspirada na natureza como modelo para inovação e visão de mundo, e o Simbioses é uma forma de respirar esse propósito. Mas é um espaço que ajuda a manter essa conexão viva.”
Como surgiu o Simbioses e qual o seu papel dentro da trajetória da NOUS e do ecossistema de impacto?
“Ele surgiu da vontade de tornar nossas trocas mais simples, acessíveis e profundas. Além disso, foi uma resposta à percepção de que o ecossistema precisava de espaços com curadoria intencional, que tratassem de processos e não apenas de resultados. O Simbioses é quase uma síntese das relações que a NOUS vem cultivando com o tempo, na interseção entre empreendedorismo, criatividade e transformação.”
O nome “Simbioses” é bastante simbólico. O que ele representa para o projeto e por que escolheram esse nome?
“Simbioses representa muitas coisas. É sobre a vida em suas diversas formas e jeitos de existir. É sobre o desenvolvimento interdependente dos seres e da natureza. Escolhemos esse nome porque ele carrega a ideia de conexão profunda e regenerativa, de uma nova possibilidade de mundo que emerge a partir da cooperação e da troca.”
O que motivou vocês a criar esse canal de conversas inspiradoras?
“A motivação surgiu de uma visão muito pessoal, mas também estrutural. Porém, em tempos tão complexos, sentimos que era preciso cultivar trocas que realmente germinem novas ideias e relações. O Simbioses não é só sobre falar, é sobre escutar, provocar e sustentar conversas que tenham noção de humanidade, de cuidado e de futuro.”
Como é o processo de curadoria dos temas do Simbioses?
“É um processo muito cuidadoso. A curadoria é feita com calma, intenção e sempre conectada à circularidade, à natureza e ao futuro como espaço criativo. Buscamos temas que dialoguem com sustentabilidade, cultura regenerativa e tendências emergentes. E mais do que tudo, buscamos pessoas que estejam fazendo agora, que estejam criando o novo a partir de seus próprios contextos”.
Quais critérios guiaram a escolha das vozes que participaram das conversas? Há uma intenção de diversidade regional, temática, geracional?
“Sim, a diversidade acontece de forma orgânica. Nosso foco é reunir pontos de vista diferentes, e isso tem gerado encontros muito potentes. Por enquanto, as edições são presenciais, então ainda estamos estruturando como ampliar regionalmente. Mas acreditamos que a maior diversidade possível é a de visão, e ela está sempre presente.”
Como vocês enxergam o potencial transformador do Simbioses?
“O Simbioses tem um potencial enorme. Ele pode ser um catalisador de novas perspectivas, especialmente por ser escutado por jovens e por dar visibilidade à vozes que muitas vezes não ocupam os espaços de decisão. Nosso desejo é que essas conversas inspirem e abram caminhos para quem também está criando novos mundos por aí.”
Qual é o tema da próxima conversa?
“A próxima conversa será com uma ativista que trabalha no Instituto Federal de Brasília (IFB) com questões ligadas ao Cerrado. Ela traz uma visão profunda sobre meio ambiente, espiritualidade e território, conectando experiências ancestrais e contemporâneas com a defesa dos biomas e das culturas locais. Vai ser um encontro necessário para pensar o futuro a partir das raízes.”
Se você busca conversas que inspiram e provocam, no próximo encontro do Simbioses, Renata Peluso será convidada para um diálogo sobre filosofia, simbologia e natureza na cultura das organizações. Com mais de 25 anos de atuação na educação e na gestão estratégica, Renata propõe um olhar que vai além das estruturas formais, enxergando nas organizações expressões vivas de valores, ritmos e vínculos.
A conversa acontece no dia 29 de maio, às 17h30, no Impact Hub Brasília. O evento é gratuito, sujeito à lotação do espaço. Participe!
