Todos os anos, o Impact Hub Global promove um encontro, o Global Gathering. Ele conta com a presença de representantes de diversos Impact Hubs espalhados pelo mundo, o Global Gathering.
O Impact Hub é uma organização global de espaços colaborativos, comunidades empreendedoras e programas de capacitação que inspiram, conectam e geram impacto. Atualmente, a organização possui mais de 16.500 membros e está presente em mais de 60 países.
A organização apoia a construção de ecossistemas para impulsionar a colaboração e a inovação empresarial em torno dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável Global (ODS). Isso acontece por meio dos espaços e comunidades de impacto, localmente enraizados, bem como parceiros e redes aliadas.
Importância do Global Gathering
Neste ano, líderes dos Impact Hubs de 67 países se reuniram durante 5 dias, em Portugal, para celebrar conquistas, enfrentar desafios contínuos e explorar soluções inovadoras. Os mais de 90 Impact Hubs que estiveram presentes fortaleceram as conexões, moldaram a estratégia da rede e criaram novas formas de incentivar negócios locais voltados para o impacto socioambiental.
Esse encontro é de extrema importância para a rede já que facilita a troca de informações, experiências e melhores práticas entre diferentes Impact Hubs. Isso ajuda a criar soluções inovadoras e eficazes para problemas socioambientais.
Outro ponto que também merece destaque é que o Global Gathering permite que Impact Hubs com diferentes competências e recursos trabalhem juntos. Assim, eles podem ser complementar e criar sinergias que seriam impossíveis de alcançar individualmente.
O Impact Hub Brasília também esteve presente em diversos encontros anteriores em Berlim, Montreal, Florianópolis, Zurique, Lisboa e Acra. Em 2023, o evento aconteceu na cidade de Acra, em Gana e teve como principais temas abordados a diversidade, equidade e inclusão. Já em 2019, o Global Gathering foi realizado aqui no Brasil, em Florianópolis, juntamente com o Festival Global de Inovação Social.
Impact Hub Brasília no Global Gathering
O sócio do Impact Hub Brasília, Duda Scartezini e o diretor de parcerias e programas, David Borges, estiveram presentes no encontro deste ano para representar o Impact Hub Brasília. Confira a entrevista feita com o David sobre o evento:
- Qual foi o tema principal do evento neste ano?
O tema foi “integrar, inovar e prosperar”. Os principais objetivos do Global Gathering foram:
- Explorar e aprofundar a compreensão da nossa relevância no mundo, as necessidades dos empreendedores de impacto e o valor único que podemos oferecer para atender a essas necessidades;
- Revisar e fortalecer o Modelo de Negócios de rede, garantindo que ele ative nossa Ambição 2030 e o mercado de oportunidades em crescimento que nós vemos para os Impact Hubs e a rede como um todo;
- Conectar diferentes Impact Hubs ao redor do mundo através de um ambiente seguro, confiável e cativante.
- Você teve algum aprendizado precioso durante o evento?
Acho que o mais importante foi a confirmação de uma sensação pessoal: o que um grupo de pessoas engajadas e alinhadas pode fazer é quase sem limites. O poder da colaboração, da integração de aprendizados e vivências diferentes é muito rico. Foi o meu primeiro Global Gathering, mas acredito que o objetivo do encontro é exatamente esse: conectar experiências de forma que a maioria sai de lá mais “rico” desse compartilhamento. E ter feito isso de forma focada também fomenta ideias de negócios. Em termos práticos, é uma experiência agridoce, no sentido que a gente gostaria de poder fazer isso mais vezes, com mais regularidade; mas ao mesmo tempo, o que foi possível compartilhar têm muito valor.
- Qual foi a principal mensagem que ficou para você após a participação no evento?
Temos os mesmos objetivos, mais ou menos as mesmas ferramentas e dores, só mudam os parâmetros (países mais pobres, países mais ricos, cores de pele, idiomas, etc) e isso faz com que soluções translocais façam ainda muito mais sentido. Felizmente, uma das coisas que o Global Gathering mostrou é que não falta vontade para melhorarmos esse processo enquanto rede.
- Quais ações colaborativas serão tomadas daqui para frente?
Estamos articulando grupos para captação e pensando um pouco mais como América Latina/América do Sul. Vamos tentar colaborar mais na construção de propostas translocais e transnacionais. Essa é a vontade.
