Cidades Intermediadoras: Impulso Regional amplia oportunidades de crescimento e desenvolvimento

O desafio Cidades Intermediadoras está em busca de soluções inovadoras para conectar cidadãos, empresas e governos a regiões pouco desenvolvidas

O Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional (MIDR), em parceria com a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) e apoio do Impact Hub Brasil, lançam o Impulso Regional – Desafios Acelerados. Um desses desafios é voltado para as cidades intermediadoras. A iniciativa quer impulsionar o desenvolvimento de regiões menos desenvolvidas do Brasil. O desafio, que será on-line, oferece uma premiação de até R$ 220 mil, e as inscrições vão até o dia 20 de janeiro.

O objetivo central é promover a criação de soluções tecnológicas e metodológicas para conectar cidadãos, empresas e governos locais, com o intuito de ampliar o acesso a oportunidades de trabalho, renda e serviços públicos em áreas afastadas dos grandes centros urbanos.

Cidades intermediadoras: um papel estratégico no desenvolvimento regional

As cidades intermediadoras são municípios que possuem papel estratégico no desenvolvimento regional, funcionando como pontes para a oferta de bens, serviços e infraestrutura em áreas mais afastadas. Inclusive, por sua localização e potencial, essas cidades têm a capacidade de atenuar a pressão sobre grandes capitais, facilitando o acesso das populações do interior a recursos essenciais.

No primeiro ciclo, o programa vai oferecer prêmios de R$ 20 mil para as três melhores soluções. Elas serão submetidas e avaliadas por comissões técnicas. Ainda assim, cada proposta deve incluir um protótipo e um vídeo pitch de até três minutos, disponibilizado na plataforma YouTube.

As propostas serão avaliadas com base em critérios como criatividade, inovação, aderência ao desafio, potencial de escala e viabilidade financeira. Além disso, as três soluções que alcançarem maior pontuação serão selecionadas para o Ciclo 2, onde terão a oportunidade de desenvolver seus projetos com o apoio de especialistas e infraestrutura.

No segundo ciclo, as ideias classificadas passarão por um processo de aceleração, que ocorrerá entre março e junho de 2025. Sobretudo, durante este período, os participantes receberão mentorias, capacitações e um aporte adicional de até R$ 30 mil para o aprimoramento das soluções.

A ideia que mais se destacar ao final do ciclo receberá um prêmio especial de R$ 70 mil. Podem participar do desafio empresas, startups, negócios de impacto, Instituições de Pesquisa Científica e Tecnológica (ICTs), cooperativas de crédito, organizações da sociedade civil, bem como brasileiros e estrangeiros maiores de 18 anos.

Processo seletivo e capacitação dos participantes

Keicielle Schimidt, Coordenadora-Geral de Inovação Aberta na Diretoria de Inovação da Enap, explica que o ciclo de aceleração irá contribuir para que as soluções se tornem serviços viáveis.

“Num processo de inovação aberta, o ciclo de aceleração é um programa que contribui para transformar as soluções planejadas/formuladas em produtos ou serviços viáveis. Nesse processo de aceleração os participantes terão acesso a mentorias, profissionais especializados, metodologias para o desenvolvimento de modelos de negócio além de uma rede de contatos. Portanto, a expectativa é que, ao final do ciclo, os participantes tenham alcançado um grau de maturidade relevante para as soluções propostas”, pontua.

As inscrições estão abertas tanto para pessoas físicas quanto para equipes, sem restrição de número de integrantes, mas é necessário indicar um representante oficial.

Por fim, a vice-presidente do Impact Hub Brasil, CEO e sócio-fundadora do Impact Brasília, Deise Nicoletto, ressalta que “a criação dessa chamada é muito importante para fortalecer essas cidades que estão em regiões estratégicas, promovendo soluções que conectem cidadãos, empresas e governos, e ampliando o acesso a oportunidades para todos, como a geração de renda e empregos”, destacou.

As soluções apresentadas deverão ser tecnologicamente acessíveis e de fácil uso, fomentando a adesão dos gestores e da população local. Além disso, espera-se que elas contemplem campos como ciência de dados, comunicação e design, software, tecnologias sociais, modelos e metodologias, e inteligência artificial.

Os interessados devem submeter suas propostas na Plataforma Desafios, onde também estarão disponíveis o formulário de inscrição e os critérios de avaliação.