A cada dia que passa, é possível observar o empreendedorismo feminino ganhando força, com mais mulheres abrindo empresas e ocupando cargos de liderança, ainda que em menor quantidade quando comparado com os homens.
Uma pesquisa realizada pelo Sebrae indica a existência de 25,6 milhões de negócios no Brasil, sendo que as mulheres estavam à frente de 33,6% deles. Quando falamos de mulheres exercendo cargos de liderança, esse número fica ainda menor.
De acordo com uma pesquisa da Organização Internacional do Trabalho, empresas que se preocupam com o impacto da diversidade de gênero na liderança possuem funcionários mais engajados e têm crescimento de 5 a 20% nos lucros.
O empreendedorismo feminino vai muito além de gerir um negócio ou ocupar um cargo, ele significa visibilidade, empoderamento e oportunidade para milhões de mulheres.
Qual é a importância do empreendedorismo feminino?
Estimular o empreendedorismo feminino é essencial, já que, tanto as mulheres, quanto as empresas saem ganhando.
A ascensão desse movimento também faz com que a igualdade de gênero ganhe mais espaço no mundo corporativo. Ainda hoje, é possível enxergar a dificuldade delas em ocupar um cargo mais alto e, pior que isso, receber um salário menor do que os homens, realizando a mesma função.
O empreendedorismo feminino também dá espaço para que as mulheres possam expor suas perspectivas inovadoras, que podem ficar escondidas em um espaço onde elas não são valorizadas.
Grande parte das mulheres também possuem competências comportamentais essenciais para uma boa gestão e para a estratégia da empresa, como, versatilidade, resiliência, paciência e sensibilidade.
De acordo com um levantamento do Sebrae, as brasileiras empreendem, principalmente, devido à necessidade de ter outra fonte de renda ou para adquirir a independência financeira.
Mulheres empreendedoras no Brasil
Os números desse movimento no Brasil crescem a cada ano. Segundo o Sebrae, há 9,3 milhões de mulheres à frente de um negócio. Em comparação aos homens, elas têm escolaridade 16% superior, e ainda assim, seus negócios faturam 22% menos.
Já no empreendedorismo de impacto, em que a sustentabilidade é prioridade, as mulheres se mostram super presentes. De acordo com a edição de 2021 do Mapa de Negócios de Impacto Socioambiental, elas estão presentes na fundação de 67% das empresas do ecossistema.
Porém, mesmo com com números positivos sobre a participação feminina em negócios de impacto, ainda percebemos uma discrepância. Segundo o mesmo levantamento, as organizações administradas por um time majoritariamente feminino tendem a receber menos recursos financeiros. Além disso, elas também possuem menor apoio adicional para evoluir na jornada quando comparadas com as lideradas por homens.
Mesmo com esses dados, as mulheres seguem se aperfeiçoando e ganhando destaque no mercado para que essa realidade seja diferente.
Empreendedorismo feminino na favela
É preciso ter em mente que a mulher empreendedora não é somente a que possui altos recursos para investir ou a que ocupa um cargo importante em grandes organizações nos centros urbanos. As empreendedoras também estão na periferia, muitas vezes, com escassez de ferramentas e sem apoio para empreender, mas com muito potencial.
Seguindo essa ideia, o Impact Hub Brasil está executando o projeto Empreendedorismo Feminino em Territórios Vulneráveis, em parceria com a CUFA e com o apoio financeiro do Fundo Socioambiental da Caixa.
O projeto visa promover a capacidade empreendedora de mulheres da favela, buscando desenvolver e potencializar o papel da mulher no mercado de trabalho e no ecossistema empreendedor brasileiro. Isso acontecerá por meio de ações de educação financeira, empreendedorismo e valorização das mulheres. Essas ações serão labs de Inovação Social, trilha virtual e trilha formativa.
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