dezembro 14, 2020

Seminário Internacional de Impacto: 1º dia tratou de avanços e melhorias na área de impacto

Saiba como foram os painéis do primeiro dia do Seminário Internacional de Impacto

Nos dias 1, 2 e 3 deste mês de dezembro, o Impact Hub Brasília e a Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto realizaram o Seminário Internacional de Impacto. A programação que contou com diversos convidados, gestores públicos e privados, em um evento público e on-line . O primeiro dia tratou sobre o contexto atual dos negócios de impacto, assim como os respectivos avanços e possíveis melhorias.

ABERTURA – O ecossistema de investimentos e negócios de impacto entre 2015 e 2020

A abertura do evento contou com as boas-vindas aos convidados, feita pela fundadora do Impact Hub Brasília, Deise Nicoletto. Ela que destacou a necessária valorização de empresários sociais e promoção do desenvolvimento desse novo capitalismo.

Ainda na abertura, a analista de programas do Instituto de Cidadania Empresarial (ICE), Debora Souza Batista, apresentou o pré-lançamento do relatório “O Ecossistema de Investimentos e Negócios de Impacto entre 2015 e 2020”. O documento trata das evidências encontradas dentro desse ecossistema. Além de recomendações de 15 ações e metas que deveriam ser cumpridas até este ano para chegar a um novo nível dentro da melhoria da qualidade e quantidade de negócios voltados para resolução de problemas socioambientais. O relatório apresenta um balanço anual do avanço dos modelos de negócio de impacto e de ações que fomentaram esse crescimento.



Painel 1 – Ambiente normativo e institucional dos negócios de impacto: como estamos?

As conquistas, avanços e o que se espera para o futuro foram os destaques do painel 1 do evento. Participaram da discussão Lucas Ramalho, do programa do Ministério da Economia, ENIMPACTO e a advogada, Rachel Karam, do Sistema B.

Lucas Ramalho apontou o fomento do Estado, que de acordo com o servidor público, pode ser feito em três grandes áreas: publicação de normas que fomentam o setor, aplicação de recursos e criação de editais e como comprador dos negócios de impacto para promoção do setor.

Rachel Karam fez uma análise das iniciativas legislativas que existem no Brasil de forma mais ampla. “Todas as leis olham para as atividades econômicas a partir do dano. Se não houver dano ambiental, ao consumidor, trabalhador ou concorrência, ela pode ser exercida no chamado impacto neutro”, afirmou.

Rachel levantou a necessidade de uma outra visão dentro da norma. Em recorte sobre os negócios de impacto social, ela destacou que existe uma demanda por manter nomenclaturas e terminologias para cuidado e identificação desse segmento econômico.

Lucas Ramalho trouxe uma novidade para o futuro voltada para articulação e cooperação, o Sistema Nacional de Investimentos em Negócios de Impacto (SIMPACTO). A intenção é unificar de forma geral os estados e municípios, na criação de uma estrutura de tomada de decisões conjuntas. “Nos inspiramos em outras políticas públicas que possuem sistemas nacionais, como o SUS e SUAS e a Rede de Gestores Públicos de Políticas Públicas de Economia Solidária, um outro exemplo”.



Painel 2 – O papel da inovação no estado para garantir um ecossistema de impacto

O painel 2 tratou sobre a digitalização e conectividade. O Secretário Adjunto do Ministério da Economia, Ciro Avelino, explica a relação no que envolve o governo e os cidadãos: “o governo digital não é a aplicação massiva e intensiva de tecnologia nos processos de governo, é a adaptação da forma de agir com a sociedade, deixando de ser um grande executor de processos para ser um prestador de serviço para uma sociedade que é digital.”

Ciro Avelino também trouxe o contexto da pandemia, mostrando que antes, a transformação digital era uma opção e agora se transfigurou em uma dívida.

O convidado Axel Perez, especialista em desenvolvimento digital do Banco Mundial, falou sobre a quantidade de pessoas na Índia e no mundo sem identidade e o programa do Banco Mundial de Identidade Para o Desenvolvimento.

Já o Felipe Massami Maruyama, diretor do IdeiaGov, dialogou sobre as relações do estado com as startups. O IdeiaGov (Hub de Inovação ligado ao Estado de São Paulo) e a ideia de capitalização das empresas que estão ligadas à inovação.



Painel 3 – Cenário internacional e panorama Brasil do ecossistema

O terceiro e último painel do primeiro dia teve enfoque na pauta global do mercado de impacto. O Green New Deal e o Eurosocial foram assuntos recorrentes nesta terceira etapa do evento.

O Eurosocial entra no assunto como conexão das práticas mundiais com realidades e problemas diferentes em cada local do mundo. Neste contexto, o Brasil entra como eixo central, também impactando os problemas globais por ser uma grande economia mundial e ser chave em questões ambientais.

A importância da ENIMPACTO em articulação com o Eurosocial foi destacada pelo Sebastian Welisiejko, representante do GSG.

O consultor do ICE e da Aliança pelo Impacto, Beto Scretas, acrescentou as recomendações que a Debora Souza fez no primeiro painel. Scretas focou nas recomendações de crescimento econômico desse tipo de negócio para os anos de 2020 até 2025.

O convidado Sebastiano Sabato, do European Social Observatory, destacou a importância do engajamento que os governos locais têm nas iniciativas sustentáveis, como o European Green Deal e a questão de zerar a emissão de CO2. Stefan Agnes, chefe do setor de cooperação da delegação da União Europeia no Brasil, Chile, Uruguai e Venezuela, complementou e respondeu  Sabato, dizendo ser indispensável o estímulo e cooperação entre o Brasil e a Europa.

Assista na íntegra aos painéis do primeiro dia do Seminário Internacional de Impacto:

https://www.youtube.com/watch?v=FPJRZSyYsXI&list=PLKzX75WnvW_mIqcPp8DRxWscYjbxUyi87&index=1

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